Cirurgia de Retina e Vítreo em Belo Horizonte em Belo Horizonte

Modalidades para cirurgia de retina e vítreo:

1 - Crioterapia

2 - Implante Intravítreo de Polímero Farmacológico – Ozurdex ®

3 - Injeção Intravítrea

4 - Membranectomia

5 - Remoção de Óleo de Silicone

6 - Retinopexia com Introflexão Escleral

7 - Retinopexia Pneumática

8 - Terapia Antiangiogênica

9 - Troca Fluido Gasosa

10 - Vitrectomia
10.1 Vitrectomia Anterior
10.2 Vitrectomia Posterior
10.3 Vitrectomia Posterior com Infusão de Perfluocarbono, Óleo de Silicone e Endolaser

Sobre a retina

No olho, a retina é responsável por reproduzir as imagens que enxergamos. 

Posicionada no fundo do globo ocular, a retina é uma membrana capaz de captar os estímulos luminosos que chegam até ela após atravessarem a córnea. Depois de decodificadas pelo cérebro, formam-se as imagens que enxergamos.

A retina, portanto, tem papel fundamental na visão e qualquer patologia pode levar a cegueira, se não for diagnosticada e tratada precocemente. 

Neste artigo, veremos as causas comuns de descolamento de retina e também do humor vítreo, bem como o tratamento com cirurgia empregando métodos diferentes, conforme cada caso específico.

O que é o descolamento da retina?

O descolamento da retina é um problema grave e precisa de atendimento médico urgente, pois pode levar à perda total da visão.

Pode ser causado por lesões degenerativas da retina, pelo próprio processo de envelhecimento e descolamento do vítreo,  por traumas no olho ou na cabeça com  potencial para causar rasgos ou buracos na retina, ou ainda por doenças como retinopatia diabética e outras.

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Sobre o vítreo

vítreo é a substância gelatinosa que preenche a parte posterior do olho, e ajuda a manter sua forma, sendo constituído por 99% de água.

O que é o descolamento do vítreo?

descolamento do vítreo ocorre quando acontece a sua separação da retina. Por si só, o descolamento do vítreo pode não causar grandes impactos na vida da pessoa em que ocorreu, não havendo complicações graves para a visão.

No entanto, tal descolamento pode provocar buracos ou rasgaduras na retina, o que pode permitir que o vítreo se infiltre na retina,  levando ao descolamento da retina.

Portanto, apenas o médico oftalmologista pode avaliar cada caso especificamente,  diagnosticar e indicar o melhor tratamento.

Em situações de descolamento da retina e vítreo, cerca de 90%  são tratados com cirurgia.

Existem algumas modalidades de cirurgias para descolamento de retina e vítreo a serem aplicadas conforme cada situação, como veremos a seguir. 

Cirurgias de descolamento da retina e vítreo 

O tratamento de descolamento da retina envolve o reposicionamento da retina no local de origem, com  remoção do vítreo, fluído que preenche o interior do olho.

A cirurgia é feita com anestesia e o pós-operatório, como todo procedimento cirúrgico demanda repouso, uso correto dos medicamentos prescritos e acompanhamento do médico. 

Causas comuns de descolamento da retina e vítreo

  • Fator genético;
  • Pessoas com mais de 40 anos com descolamento do vítreo;
  • Portadores de miopia;
  • Pessoas que já fizeram cirurgia de catarata;
  • Traumas oculares ou acidentes com ferimento, pancada ou batida forte no olho, na face ou na cabeça;
  • Tumores, inflamações graves ou complicações de doenças que afetam o olho, como o diabetes, por exemplo. 

A partir de agora, cada um dos procedimentos para o tratamento de descolamento de retina e vítreo:

Crioterapia

A crioterapia é um tratamento que vai resfriar o tecido local com finalidade terapêutica. 

Na oftalmologia, a crioterapia pode ser utilizada em traumas oculares, no descolamento de retina, tumores oculares e também em casos graves de glaucoma. 

Em casos de descolamento de retina, a crioterapia forma uma espécie de cicatriz ao redor da ruptura, aderindo a retina à parede do globo ocular e impedindo que o vítreo se infiltre atrás da retina.  

Causa pouco desconforto e deve ser realizada com anestesia local.


É comumente associada a outras técnicas de tratamento e cirurgia de retina, conforme avaliação específica do médico oftalmologista, caso a caso. 

Implante Intravítreo de Polímero Farmacológico 

Trata-se da aplicação de um medicamento diretamente dentro dos olhos. A injeção com polímero farmacológico intravítreo tem ação terapêutica e age de forma lenta e progressiva.

Durante um período de até seis meses da aplicação, o medicamento vai sendo liberado pouco a pouco, fazendo seu efeito, conforme indicação. Pode precisar de mais de uma aplicação.

O procedimento é realizado em centro cirúrgico, com anestesia local, por um médico oftalmologista. 

Injeção Intravítrea

A injeção intravítrea tem o objetivo de oferecer a maior concentração de medicamento dentro do olho. Dessa forma, age diretamente sobre a região afetada, com pouquíssimos efeitos colaterais. 

A cirurgia é utilizada no tratamento de diversas doenças da retina e deve ser feita pelo oftalmologista. 

Membranectomia

A Membranectomia é indicada quando há o crescimento de uma fina camada de tecido fibroso, mais frequentemente na região macular, causando piora da visão. 

A causa pode estar relacionada à força tracional, tangencial, exercida pelo vítreo, líquido gelatinoso que preenche nossos olhos,  sobre a mácula, ou a fatores como fotocoagulação a laser. 

A  membranectomia consiste em retirar esta membrana, sendo realizada em conjunto com outro procedimento, a vitrectomia via pars plana, devendo cada caso ser avaliado pelo médico oftalmologista.

Remoção de Óleo de Silicone

Há casos cirúrgicos em que a resolução do descolamento da retina acontece com o  implante de óleo de silicone. A técnica é bastante utilizada para preencher o olho com o objetivo de manter a retina colada. 

A duração do tamponamento do óleo de silicone intraocular é, em média, de 3 a 12 meses. 

No entanto, não há um tempo específico para o óleo de silicone ficar no olho. 

Apenas o médico oftalmologista é capaz de avaliar, acompanhar os casos especificamente e dar o diagnóstico. 

Para se retirar o óleo de silicone, realiza-se outra cirurgia. 

Em geral, é  necessário se retirar o óleo de silicone pois, a longo prazo, a substância pode causar alterações como glaucoma ou sua emulsificação, quando deixa de ser transparente  podendo atrapalhar a visão. 

Retinopexia com Introflexão Escleral

A retinopexia com introflexão escleral é uma cirurgia utilizada em casos de descolamento de retina, na qual se coloca um implante (elemento introflexor) fixado na camada externa do olho (esclera), podendo-se ou não drenar o líquido que está abaixo da retina. 

Todas as roturas existentes são bloqueadas durante a cirurgia, com laser ou crioterapia. O elemento introflexor modifica os vetores de força do interior do olho e é possível fazer com que a retina volte à sua posição original.  

A retinopexia com introflexão escleral pode ser associada a outros tratamentos como crioterapia, fotocoagulação a laser, retinopexia pneumática ou vitrectomia via pars plana,  para que a retina se mantenha aplicada.  

O médico oftalmologista avalia cada paciente para diagnosticar e apresentar a melhor forma de tratamento. 

Retinopexia Pneumática

A retinopexia pneumática é uma cirurgia onde é feita a injeção de gás no interior do olho para fechar o buraco existente na retina, dessa forma impedindo o líquido de continuar entrando através do mesmo.

Este procedimento é utilizado em casos de rupturas na região superior do olho. 

O tempo de permanência do gás dentro do olho varia de acordo com a quantidade de gás injetado e com seu tipo. 

Após inserido, o gás é absorvido pelo organismo do paciente. São utilizados dois tipos de gás: SF6 (permanece no olho por duas semanas em média), e C3F8 (permanece por quatro semanas no organismo, em média).

São utilizados também outros procedimentos para selar a ruptura da retina:

  1. congelamento (criopexia) ou 
  2. fotocoagulação a laser. 

No pós-operatório, o repouso e recomendação médica devem ser seguidos à risca.

É preciso evitar viajar para regiões com altitudes altas para que o gás não se expanda e aumente a pressão do olho. Em alguns casos, logo após a cirurgia, deve-se ficar com a cabeça em determinada posição para se obter sucesso cirúrgico.

Terapia Antiangiogênica

A terapia antiangiogênica é a aplicação de fármacos diretamente no olho para interromper o crescimento de vasos anormais para dentro da retina, causado por edema de mácula (inchaço na porção central da retina).

A causa está associada com diabetes mellitus, obstrução de veias retinianas e degeneração macular relacionada à idade (DMRI).

Os medicamentos são injetados na cavidade vítrea, onde há o gel (humor vítreo) que preenche cerca de 99% do volume do olho. 

O procedimento é realizado por um oftalmologista, no centro cirúrgico, com anestesia local.

O número de aplicações pode variar de acordo com a doença ocular e a resposta do paciente ao tratamento.

Com a terapia antiangiogênica, os resultados visuais podem ser rápidos e mais eficazes, pois o medicamento atua diretamente na região do problema. Não há efeitos colaterais significativos, já que não atinge a corrente sanguínea.

Troca fluido gasosa 

Procedimento realizado na cirurgia de vitrectomia, a critério do cirurgião, com o objetivo de facilitar e potencializar a reaplicação da retina.

Ao retirar parte ou totalidade do gel do humor vítreo, pode ser inserida, a depender do caso, a troca fluido gasosa.

Nas situações em que são implantados gás ou ar dentro do olho, o paciente não deve  viajar de avião ou para lugares de altitudes elevadas, para não ter pressão no olho operado. 

O repouso recomendado é de uma a duas semanas, com suspensão de atividades físicas por até dois meses.

Vitrectomia

vitrectomia é a cirurgia para remoção de parte ou da totalidade do humor vítreo do olho,  e tratamento adequado da retina, indicada em diversas doenças dos olhos. 

O vítreo é um fluido gelatinoso e transparente que preenche a maioria do interior do globo ocular e que contribui para manter a forma do olho. 

Com a cirurgia, o gel vítreo é substituído por solução salina (BSS). Como o vítreo é constituído por 99% de água, não há alteração na visão com a troca pela solução salina.

A cirurgia é realizada com anestesia local em ambiente de bloco cirúrgico.

É encomendada para tratamento de diversas doenças retinianas, dentre elas:

  • descolamento da retina; 
  • vitreorretinopatia proliferativa; 
  • pucker macular ou membrana epirretiniana; 
  • buraco macular;
  • retinopatia diabética;
  • complicações após cirurgia de catarata;
  • presença de corpo estranho no humor vítreo.

Vitrectomia anterior

A vitrectomia anterior é a cirurgia realizada para retirar parte do humor vítreo através da córnea. 

É indicada em complicações de cirurgias de catarata quando ocorre rompimentos na estrutura chamada cápsula anterior do olho. 

 

Vitrectomia posterior

A vitrectomia posterior ou vitrectomia via pars plana é a cirurgia em que pequenas incisões na esclera permitem a remoção de parte ou totalidade do humor vítreo, e tratamento adequado de patologias da retina. 

Com anestesia local, o procedimento geralmente utiliza o laser e, em muitos casos, não precisa de sutura.

É indicada em situações de rasgaduras, descolamento de retina,  hemorragias ou de doenças vasculares na retina, como a retinopatia diabética e outras. 

Vitrectomia posterior com infusão de perfluocarbono, óleo de silicone e endolaser

vitrectomia é realizada com modernos equipamentos que permitem a precisão da cirurgia. 

Na remoção de parte ou da totalidade do humor vítreo do olho, o médico oftalmologista avalia conforme a doença e as características específicas do paciente a necessidade de qual solução aplicar.

Podem ser utilizadas a infusão de perfluocarbono, óleo de silicone, gás ou apenas solução salina. Há a possibilidade de endolaser. Avaliados conforme cada caso para o melhor prognóstico e qualidade de vida do paciente.

Riscos e cuidados pós-cirurgia

Em todas as cirurgias oculares, o pós-operatório, as recomendações e as prescrições médicas devem ser seguidas criteriosamente a fim de evitar complicações. 

Os olhos podem ficar vermelhos, inchados ou irritados, por isso, é tão importante a utilização correta de colírios de antibióticos e anti-inflamatórios, conforme a indicação médica.

A recuperação leva, em média, duas semanas, quando é necessário fazer um retorno para avaliar a situação.

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